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mil e uma pequenas histórias
29.2.04
 
AQUELA SENSAÇÃO...

488 Nos últimos dias experimentou muitas vezes a fugidia e perturbadora sensação de estar à beira de uma importante descoberta sobre si mesmo. Talvez a definitiva compreensão de quem era. Talvez a definitiva compreensão de qual era o seu lugar no mundo. Talvez... Talvez.... Mas nada disso aconteceu afinal. A morte veio e resolveu-lhe a vida, que as interrogações só param de verdade quando se vive sem pensar ou se morre de uma vez por todas.

489 Olhou-se de repente no espelho com a estranha mas convicta sensação de que se iria ver pela primeira vez tal como era, nem mais, nem menos, mas a imagem devolvida era tão enigmática e familiar como sempre. Fechou então os olhos e esforçou-se por sentir quem era, e por muito tempo nada mais fez, mas apenas conseguiu por momentos esquecer-se por completo de si. Bizarra compulsão era a sua que o impedia simplesmente de ser.

490 Durante muito tempo procurou em si o homem que era, mas descobriu afinal que não só podia ser um qualquer outro, assim como o seu eu nunca faria sentido sem um outro. A partir daí, verdade seja dita, nunca deixou de se interrogar sobre a sua identidade, nem levou menos a sério a sua busca, mas deixou por completo de se preocupar com a falta de resultados. Pelo menos foi essa a sensação que teve.
 
27.2.04
 
487. Mergulhou os pés no mistério, e nada mais. Não que o mistério fosse pouco profundo, ele é que era muito cauteloso, que mergulhar num mistério não é tarefa fácil. Que o digam os que decidiram mergulhar de cabeça! Os que tiveram sorte atravessaram-no sem mais, como se nada fosse, mas os outros, esses, nunca mais regressaram. Por isso resolveu ser metódico, e todos os dias mergulhou um pouco mais no mistério, até só ficar com a cabeça de fora. Depois… depois passou a fazer parte do mistério, que é o que acontece àqueles que pensam que os mistérios têm soluções.


cabeca.jpg
 
26.2.04
 
486. As palavras

Despertar em nós o que nunca pode ser dito é uma das coisas que as palavras podem fazer, talvez até a mais importante, por mais contraditório que isso possa parecer, disse o homem sábio a quem o quis ouvir. No entanto, ninguém o escutou verdadeiramente, e não foi porque tivesse falado de mais, nem de menos, nem fosse pouco claro o seu discurso, mas apenas porque até a maior sabedoria nada é se não for vivida por cada um de nós. Na verdade, o que acontece é que se as palavras despertam, também adormecem, e para escutar é preciso ouvir.
 
 
485.

Nada mais fazia senão perguntar a si mesmo quem era, mas não conseguia uma resposta conclusiva, a não ser que era um homem, e isso não o ajudava, muito pelo contrário, pois levantava uma nova pergunta, que o levava para mais perto e mais longe de si, pois não só lhe dizia respeito mas também a todos os outros. E assim pensando, cada vez mais se atormentava, pois continuava sem saber quem era, e isso era afinal o que ele mais queria. Felizmente, acontecia-lhe algumas vezes ficar tempos sem fim a olhar o céu, e não pensar em coisa alguma.
 
24.2.04
 
484. Lengalenga

Acontecia-lhe muitas vezes procurar fora de si o que só dentro de si podia encontrar. Foi o caso dos inúmeros concursos literários a que enviou os seus textos e que, com prémios ou sem eles, nada lhe disseram de si, porque somos afinal o único júri de nós mesmos, por mais importância que os outros tenham. Foi também o caso da própria escrita, a que quanto mais pedia que falasse para si, mais falava aos outros. Ao fim e ao cabo nada de extraordinário, pois a verdade é que estamos mais próximos de nós quanto menos fora de nós estivermos.

 
 
sjorge4.jpgA minha memória é um estranho instrumento que despreza os dados objectivos e persegue sentimentos e emoções que podem a todo o momento ser de novo reconstruídos. Como aconteceu com esta fotografia. Lembrei-me de muitas coisas, de muitas coisas que senti, mas de uma forma vaga, imprecisa. Agora saber se vivi ali mesmo à direita de quem sobe, e se a porta da esquerda era a do barbeiro e a da direita a da mercearia... humm... Que estranho foi ver fresco o queijo de S. Jorge que só conhecia curado... que estranho foi ouvir pela primeira vez o som dos cagarros (ou seriam cagarras?)...

Obrigado ao Luís Serpa.
 
23.2.04
 
483. Zeca Afonso

Venham mais cinco, disse o homem de cabelos revoltos e grossos óculos de massa. E se forem amigos, melhor, e se forem vampiros, pior, mas eu estou aqui, aqui para o que der e vier. E tudo enfrentarei, até o silêncio espesso da indiferença e do esquecimento. [É assim que o recordo, travestido de super-herói, tal como só existiu em mim mesmo, que é esse o efeito dos homens que nos fazem sentir mais humanos.]


Zeca.jpg

 
 
482. Uma História Extraordinária

Certo homem recebeu um dia a extraordinária notícia de que ganhara o mais importante concurso literário do seu país, facto tanto mais extraordinário quanto tinha a certeza de não só não ter concorrido como de nunca ter escrito um única linha em toda a sua vida. Era, verdade seja dita, um excelente contador de histórias, mas completamente analfabeto, facto que não o impediu de comparecer à cerimónia de entrega com um sorriso vencedor e proferir um discurso que ainda hoje é citado amiúde. E até à sua morte contou esta história a quem a quis ouvir. Eu fui um deles.

 
20.2.04
 
481. Ser e ter

A primeira vez que participou num concurso literário foi-lhe atribuído o primeiro prémio. Ficou entusiasmado. Da segunda ganhou o segundo prémio. Ficou intrigado. Da terceira, espanto dos espantos, coube-lhe o terceiro prémio. A partir daí concorreu mais de mil vezes, mas não voltou a ganhar, não obstante a sua escrita se ter aperfeiçoado cada vez mais e, com o correr dos anos, ter chegado mesmo a alcançar aqui e ali a perfeição. [A moral desta história vem mesmo a propósito, como aliás é esperado nestas ocasiões: Concentra-te no que fazes e não te preocupes com o resultado dos teus actos.]
 
 
480. A VIDA

A vida mais parece um concurso literário em que nos sujeitamos a regras que não fizemos, e onde somos avaliados por pessoas que não conhecemos. E no centro está o prémio, a aparente razão de ser pela qual tudo afinal acontece, mas que dificilmente nos caberá. E a verdade é que não escolhemos a vida, é ela que nos escreve, e nós também, porque todos somos também autores das nossas próprias histórias, histórias que submetemos ao concurso que é a vida. Quanto ao prémio, muitos encontram-no na própria vida, outros procuram-no mais além. Seja como for, o importante é viver.
 
19.2.04
 
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478. Indiferente

Ele era diferente, uns diziam-no especial, outros chamavam-no maldito, mas o que ninguém tinha dúvidas era quanto à sua diferença, enquanto ele, por outro lado, teimava em considerar-se um homem como os outros, normal, e isso fazia-o sofrer, pois a verdade é que por mais que se esforçasse, sentia sempre que não se encaixava na forma que a si mesmo impunha. Por muito tempo esteve preso nessa ambiguidade, até que assumiu a sua diferença, e descobriu que ela afinal nada mais lhe pedia além de que fosse igual a si próprio, por mais diferente que isso o tornasse dos outros.


479. Notícia devida

Um homem de trinta e cinco anos apareceu morto em sua casa ao fim da tarde. Felizmente, a sua mulher já aí estava, e tiveram ainda a oportunidade de se despedirem antes de ele morrer de vez uma hora depois. Ao que se apurou, o homem estava morto há algumas horas, mas não tinha ainda dado por isso. Os exames realizados parecem confirmar esta hipótese, apontando para um situação rara de amnésia que impede o morto de tomar consciência da sua morte, estado que, segundo foi também referido, pode durar de uns escassos minutos a vários meses e até anos.

 
16.2.04
 
477. SE HOUVER UM PROBLEMA HÁ UMA SOLUÇÃO

Quando lhe deram a notícia da sua morte não ficou nem triste nem contente, e muito menos surpreendido, o que explicou a si mesmo como sendo um natural mecanismo de defesa. Mas quando mais tarde transmitiu a novidade à sua mulher, sentiu em si mesmo um grande alívio, e isso não lhe pareceu normal. Pensou e pensou, mas não chegou a uma conclusão, a não ser que talvez há muito desejasse morrer e não o soubesse. Fosse com fosse a verdade é que estava morto e, diz o povo com toda a sabedoria, só para a morte não há solução.


morte.jpg
 
15.2.04
 
476. A EXPERIÊNCIA DE LER

A vida abanou-me muitas vezes, costumava ele dizer, mas a verdade é que nunca perdeu a vontade de continuar. Seguiu em frente, uma e outra vez, sem lançar ao passado mais do que um relance. Nos momentos mais difíceis repetia para si mesmo uma velha frase do pai do seu pai, a sua preferida: O que não mata engorda. E o que no avô era uma sabedoria dos tempos de fome, tornou-se nele uma filosofia para melhores dias. E se pensas, leitor, que te vou dizer mais, estás muito enganado, esse é o teu trabalho, se o aceitares, é claro.
 
14.2.04
 
475. DESIMPORTANTIZAR

O que o poeta melhor fazia era desimportantizar, e considerava esta sua atitude da maior importância pois, por mais estranho que pareça, desimportantizar consistia para ele, antes de mais, em dar importância ao que era realmente importante, pois ao deixarmos as coisas ser o que são, sem lhes dar mais importância do que têm, estamos afinal a permitir que revelem a importância que é a sua, e não aquela que teimamos em dar-lhes. Ele não dizia isto, ou talvez apenas a si mesmo, pois era pouco dado a explicações, limitava-se a viver cada momento como se nada fosse mais desimportante.
 
13.2.04
 
474. BANANADA

Era uma vez umabanana.bmpque era diferente de todas as outras bananas do planeta, pois não só sabia falar na perfeição como tinha um desejo louco de dar a volta ao mundo. Era assim normal que se achasse talhada para grandes feitos, mas teve pouca sorte afinal, mal começara e logo alguém a pisou, terminando esborrachada sem tempo para soltar um ai. A sua única consolação poderá ter sido que quem a pisou não ficou muito melhor, pois escorregou e bateu com o nariz no chão, mas o certo é que ela já não estava cá para se rir.
 
12.2.04
 
FernandoPessoa.jpg(...)
A realidade sempre
É mais ou menos
do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
(...)
 
11.2.04
 
UM PAÍS ENTRE O BOM E O MAU

471.

Era um país medíocre, pequenino e de vistas curtas, envergonhado e boçal, e todos os que nele viviam sabiam que assim era, embora não conseguissem perceber o porquê desse estado de coisas, pois a verdade é que eles não eram assim, mas por mais que se esforçassem para melhorar a situação, não obtinham qualquer resultado positivo, antes pelo contrário. Desesperados, concluíram afinal o que já há muito suspeitavam, que a culpa era do país, obstinado em manter-se igual a si mesmo apesar dos seus esforços. Mas o problema persistia: o que se faz a um país que não quer mudar?

472.

Será um país medíocre um país de medíocres? Ele achava que não, e não era porque se sentisse muito especial, mas medíocre também não era, e ainda que o fosse, sempre podia mudar, que vontade não lhe faltava. Só não percebia era aquele país em que ninguém era responsável e todos os outros eram culpados, ou talvez nem fosse isso, ele é que já não sabia explicar o que se passava, e o pior é que desconfiava que já ninguém o era capaz de fazer. E ainda que se percebesse qual era o mal, será que ainda haveria uma cura?

473.

“Ninguém é medíocre, os desempenhos é que o são”, isto disse certo país a si mesmo pela enésima vez, e depois voltou para o sofá e ficou a ver televisão e a beber cerveja até que adormeceu. Quando acordou já se tinha esquecido de tudo, e voltou à sua rotina de todos os dias, a mesma que há muito ele sabia obter os mesmos resultados medíocres de sempre. E como nada mudou no que fazia, também nada mudou em si, e continuou a ser quem era: um país com um desempenho medíocre. Mas a verdade é que já estava habituado!

 
  A COMISSÃO EUROPEIA CLASSIFICA O DESEMPENHO DE PORTUGAL COMO MEDÍOCRE.
Alguém me explica o que se passa? Alguém me explica o que cada um de nós pode fazer?
 
10.2.04
 
470. OS ANSEIOS

Era um vez um homem que para todo o lado levava consigo os seus anseios, e deles nunca se separava nem para dormir, como se a sua vida dependesse disso. Mas eles tanto protestaram, que estavam fartos da situação e outras coisas que tais, que um dia ele saiu para trabalhar e os deixou a ver televisão e o que mais lhes apeteceu. Quando voltou a casa, ao fim do dia, encontrou a fechadura mudada, e um bilhete a dizer-lhe apenas que os deixasse em paz. Foi o que ele fez, e nunca se sentiu tão feliz como desde então.

 
 
469. OS MEDOS

Deixou os medos em casa, como sempre fazia, mas desta vez eles vieram atrás dele, e por mais que lhes implorasse para voltarem para trás, de nada serviu o seu choro e os seus soluços de desespero. É que pior que ter medos é que os outros saibam disso, pelo menos era o que ele acreditava. O homem fingiu então que não era nada com ele, esboçou um sorriso e caminhou com passos decididos. Para sua admiração, os medos ficaram para trás, e quando voltou a casa não estavam lá. Às vezes avista-os, mas ignora-os, e os medos ignoram-no também.


MataMedos04.jpg
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8.2.04
 
468. O caminho

Existe um caminho que o conduzirá ao seu objectivo, e não é necessário que o deseje alcançar, na verdade é até indesejável, pois é suficiente que percorra o caminho, e nada mais. As palavras do mestre pareceram então ao aluno pouco mais do que palavreado, confuso e enigmático, mas aceitou-as. Lançou-se ao caminho, confiante e determinado, mas tão árduo o encontrou, e tão intensamente o viveu que não se lembrava já do objectivo que pretendera alcançar, quando muito tempo depois chegou ao fim. O que nada o preocupou, pois agora que tinha finalmente terminado, só o caminho lhe parecia importante.
 
 
Ainda A arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen

"(...) limitar-me-ei a descrever o essencial, para que ele se destaque com maior nitidez.
(...) Limitar-me-ei a descrever a arte do tiro com arco, tarefa muitas vezes mas difícil do que a sua própria aprendizagem. E levarei a minha exposição até ao ponto em que se vislumbram os remotos horizontes por trás dos quais o Zen respira."

awa.jpg
 
7.2.04
  Rio Grande do Sul - O Outro Brasil,
é este o título que leio no suplemento Fugas, do jornal Público de hoje, e não lhe fico indiferente. Acho que o que mais gosto dos locais são as pessoas, quer eu tenha lá estado ou não. É o que se passa com o Alysson (Olá Alysson) e com o Renan (Olá Renan), dois blogueiros do Rio Grande do Sul que conheço quase desde que entrei na blogosfera. Ao Alysson tive o prazer de conhecer em carne e osso (mais osso que carne) ainda que em outras paragens, e recordo um homem orgulhoso, amante do churrasco e da cultura, como agora leio que são afinal todos os gaúchos. Só estranho que nunca me tenha recomendado (e oferecido) o melhor e mais divertido guia de PoA, de Luís Veríssimo. Já quanto ao Renan, que sempre pensei de Gravataí (um trocadilho que me agradou: Renan de gravata aí), fico agora na dúvida se não será afinal de Gravati, como vejo num dos mapas, o que tira toda a piada à coisa. Como é que é, gente?
 
6.2.04
  A arte cavalheiresca do arqueiro zen,
livro publicado em 1948, quase vinte anos depois de Eugen Herrigel ter voltado do Japão, é um relato na primeira pessoa do seu aprendizado da arte do tiro com arco durante os quase seis anos de permanência naquele país.

O encontro do filósofo alemão com o Zen é uma experiência enriquecedora ainda que vivida em segunda mão. Andava há tempos à procura deste livro, e encontrei-o agora sem o procurar, ou terá sido ele que me encontrou?

herrigel.jpg
 
5.2.04
 
jasmim
Sem palavras, que as havia...

 
  467. (História para SMS com exactamente 160 caracteres incluindo espaços)
Uma certa mulher era sempre quem tinha de ser, e com tal intensa verdade o era, que o ser era em si pura alegria e luz, e perto dela nunca ninguém se aborrecia.
 
4.2.04
 
466.

Era uma vez um homem que durante muito tempo permaneceu sentado, nada fazendo, e sentia-se muito bem assim, mas chegou uma altura em que experimentou uma imperiosa necessidade. Ergueu-se lentamente, olhou em volta sem pressa, espreguiçou-se, e de novo se sentou, em paz, com um sorriso brilhando no rosto. E muito, muito mais tempo passou.


 
 

Química divertida!? BUAHAHAHAHAHAHA!!!
 
3.2.04
  DÁ QUE PENSAR...
a actual importância da palavra escrita nos relacionamentos pessoais: mail, SMS e outros que tais.
 
2.2.04
 
UMAS VERDADES E OUTRAS

463.

De tempos a tempos sentia imensa pena de si próprio, esquecia-se então de tudo o que podia ser, e lembrava-se apenas daquilo que era e não fora. Isso não era bom para ele, pois a sua força estava em esquecer quem era e ser quem podia ser. E ele bem o sabia. Porque se afinal estava em constante mudança, não podia deixar de ser um grande disparate agarrar-se ao que era ou fora e não ao que poderia ser. [A moral desta história, que a tem, é: Querer talvez não seja poder, mas onde já se viu poder sem querer?]

464.

Era uma vez uma pessoa muito, muito especial a quem só aconteciam merdas, e ela muito se interrogava sobre o sentido dessa condição, para a qual nunca encontrava uma resposta definitiva, a não ser que talvez o ser muito especial se traduzisse nela apenas em lhe acontecerem merdas. O que se pode dizer é que era na verdade uma pessoa muito, muito especial, só que tinha pouca sorte, essa é que é essa, e na vida todos precisamos de sorte, de muita, muita sorte, por mais especiais que sejamos. Mas, pensando melhor, ser especial já é ter muita, muita sorte.

465.

Ele era o que os outros não eram, ainda que fosse uma pessoa como as outras, e foi nesta crença que construiu a sua identidade. Por outro lado, por mais que ele tenha mudado ao longo da sua vida, e mudou bastante, a verdade é que nunca deixou de ser quem era, igual a si mesmo e diferente dos outros.

 
 
O LIVRO BLOGS VAI TER COMPANHIA: Elisabete Barbosa, do Jornalismo Digital, e António Granado, do Ponto Media são os autores do livro "Weblogs – Diário de Bordo" que vai ser lançado no próximo dia 12 de Fevereiro, pelas 18 horas, na FNAC do Norteshopping. (e também "O Livro de Bolso do Weblogue", de Rebecca Blood, um dos nomes de referência da blogosfera, vai ser editado pela Campo das Letras, já no mês de Fevereiro, segundo acaba de anunciar a editora.)
 
1.2.04
 
DECISÃO: Continuar o texto SEGUIR EM FRENTE, SEM HESITAR.
 
 
3 ecos de uma entrevista a Don DeLillo: (...) "Cada escritor determina o seu caminho." (...) "Os escritores escrevem porque têm de escrever. Não tem de haver uma questão, algo a demonstrar." (...) "Não sei de onde vem o meu estilo de escrita. Vem de algo dentro de mim e de anos de tentativa e erro."
 



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... a ficção no seu mínimo...

Luís Ene

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"(...) desejaria reunir uma colecção de contos de uma única frase, ou de uma só linha, se possível."
Italo Calvino - seis propostas para o próximo milénio
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