485.
Nada mais fazia senão perguntar a si mesmo quem era, mas não conseguia uma resposta conclusiva, a não ser que era um homem, e isso não o ajudava, muito pelo contrário, pois levantava uma nova pergunta, que o levava para mais perto e mais longe de si, pois não só lhe dizia respeito mas também a todos os outros. E assim pensando, cada vez mais se atormentava, pois continuava sem saber quem era, e isso era afinal o que ele mais queria. Felizmente, acontecia-lhe algumas vezes ficar tempos sem fim a olhar o céu, e não pensar em coisa alguma.