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mil e uma pequenas histórias
30.9.02
 
42.

Começou a escrever, com dois dedos, lentamente, olhando do teclado para o monitor, e de novo de um para outro, repetidamente, enquanto a frase crescia, acrescentando sentido ao acto, à vida. Parou por uns instantes, procurando um caminho, uma vereda, por onde seguir, prosseguir. Registou a indecisão e continuou, afinal o caminho faz-se caminhando, pensou, depois se verá, todos os caminhos vão dar a Roma, ou a outro lugar, ou a lugar nenhum, o que interessa mesmo é percorrer o caminho, único, à nossa medida. Recomeçou, persistente, alheio aos becos sem saída, aos sentidos únicos, numa via lenta mas segura, até chegar ao fim. Quando deu por ele, a morte espreitava-lhe sobre o ombro, lendo com interesse as últimas palavras. Esgueirou-se, sorrateiro, mas de nada lhe valeu, a morte estava atenta, tinha chegado ao fim.
 
 
41.

Foi, como tantos outros antes dele, à procura de melhores condições de vida; do lado de lá era mais fácil viver, tinha a certeza. Não levou bagagem, não fez quaisquer planos, passou apenas de um para outro lado; a mesma vida, outra cidade, nada mais. De ninguém se despediu, à sua espera ninguém estava. A língua não foi impedimento, a miséria não conhece fronteiras; do lado de cá como do lado de lá, continuava a ser o que era, um pedinte, é certo, mas não parvo, um pouco esperto até, mais do que o suficiente para saber o que era melhor para si : a vida do outro lado da fronteira era mais fácil.


40.

Era a terceira vez naquele mês que estava atrasado para o emprego. O chefe já o tinha tomado de ponta, um dia destes ainda era despedido, por mais explicações e desculpas que apresentasse. Morava a vinte cinco quilómetros da cidade, mas a excelência da estrada e do carro novo deixavam pouco espaço de manobra para justificações. Pela terceira vez naquele mês o conta-quilómetros marcava mais de cinquenta e já passara quase meia hora, mas a cidade ainda não estava à vista. Acelerou mais, concentrou-se na condução; trinta minutos depois estacionava no parque privativo dos quadros da empresa. Nesse mesmo dia trocou o carro novo, potente e dispendioso, por um outro em segunda mão, económico e discreto, e ainda ficou com um pé-de-meia, para o que desse e viesse. Fez bem, nunca mais chegou atrasado e, dois meses depois, quando ficou desempregado, ninguém o pôde acusou de ostentação.
 
26.9.02
 
39.

Misteriosamente, assim como começou assim terminou. Fiquei admirado. Ainda estou. Sempre fui capaz de assinalar o início e o fim do que me acontece. Não falo de uma relação causa e efeito mas tão só da possibilidade de ligar o início e o fim das coisas a certos e determinados acontecimentos, gestos ou palavras. Às vezes consigo apontar o ínicio e o fim, outras apenas um ou outro, mas nunca, até aquele momento e desde então, me aconteceu ser incapaz de determinar qualquer um deles. Como devem já ter percebido o que me preocupa habitualmente não é o porquê das coisas (de que há muito tempo desisti), mas o seu como (a que agarro cada vez mais desesperadamente). Pensei pois durante muito tempo e cheguei à única conclusão possível (aquela a que me podia permitir): nada tinha acontecido. Assim que pronunciei a sentença esqueci-me de imediato. O que quer que tenha sido nunca aconteceu.
 
25.9.02
 
38.

Depois de muito tentar conseguiu. Conseguiu sabe-se lá o quê.
 
 
37.

O mestre dharma falou de amor, felicidade, contentamento, bondade amorosa, compaixão, ódio e apego. Perguntou o que era o eu, perguntou o que era a sala, interrogou-nos sobre como as coisas são e como nos parecem. Quem és tu? Qual é o teu nome? Esse corpo é teu? Aqui e ali riu a sua risada de pássaro livre para a audiência que o olhava com espanto. Depois da palestra apertei-lhe a mão, com força, com muita força, até às lagrimas. O mestre contraiu ligeiramente os músculos da face e riu. Era um fulaninho divertido.
 
24.9.02
 
36.

Um carro armadilhado explodiu hoje de madrugada em B deixando praticamente irreconhecíveis os seus ocupantes. Um deles, o mais velho, gostava imenso de flores e tinha uma verdadeira paixão por gladíolos. Vivia com a mãe, uma adorável velhota de oitenta anos que o amava incondicionalmente, e passava os dias a ler e a ouvir música. Adorava jazz e o seu escritor preferido era Javier Marias. Não namorava e tinha em regra um ar melancólico que lhe acentuava a beleza mediterrânica. O outro homem era um autêntico filho da puta. Paz às suas almas.
 
23.9.02
 
35.

Ele convidou-a para jantar e ela aceitou almoçar com ele. Ele levou-a ao cinema e ela insistiu em escolher o filme. Ela nunca lhe disse que sim mas também nunca lhe disse que não. Ele amou-a sempre mas não conseguia ter a certeza que ela o amasse. Já morreram os dois, ele matou-a e suicidou-se em seguida

34.

Já amanheceu mas na cidade os candeeiros continuam acesos. Um homem está acordado ( será que chegou a dormir?) e olha as ruas iluminadas. Debruça-se sobre a cidade e murmura: O que foi já não é mas só é o que já foi.

33.

Chovera toda a noite mas a chuva não levara a recordação dela. Ele sentou-se na cama, acendeu a televisão e continuou a chorar em silêncio. Nos próximos dias persistirão os aguaceiros mas poderão acontecer pequenas abertas, afirmou o meteorologista. O homem sentado na cama não deixou de chorar mas um sorriso tímido abriu-se no rosto molhado.
 
20.9.02
 
32.

Primeiro decidiu dizer-lhe que o amava. Mas deveria escrever-lhe uma carta ou fazer-lhe uma declaração? Esta pergunta conduziu-a a outra. O que é que ele sente por mim? E outra. Como irá ele reagir? E outra. Será que devo dar a conhecer o meu amor? Pensou durante muito tempo mas não conseguiu respostas, apenas mais uma pergunta. Amo-o? Decidiu então não dizer que o amava. Mas seria esta a melhor solução? Respondia às suas necessidades? Aos seus anseios? Devia manter escondidos os seus sentimentos? Finalmente, decidiu-se. Não faria mais perguntas!
 
19.9.02
 
31.

Não queria morrer sem deixar rasto, ignorado, incompreendido, apenas mais uma breve notícia numa página interior de um jornal local. Não só o seu suicídio deveria estar carregado de um claro e grandioso simbolismo trágico, mas também o bilhete de despedida, inevitável, teria de ser brilhante, conciso e comovente. Começou pela tarefa que lhe pareceu mais fácil; terminou duzentos e cinquenta e sete bilhetes de despedida, que lhe consumiram seis meses de intensa actividade, mas, apesar da elevada qualidade de todos, nenhum lhe pareceu verdadeiramente ajustado ao seu sentir. Uma grande editora interessou-se pelo seu trabalho e publicou-o sem demoras, tendo atingido, em seis meses, seis edições e cem mil exemplares. Aceitou o sucesso com indiferença, um ano depois morreu, famoso, sem deixar qualquer bilhete de despedida; o seu suicídio continua por explicar.

30.

Adormeceu a pensar nela e acordou a pensar nela. Vários dias depois continuava a pensar nela. Este sentimento era-lhe tão agradável que decidiu preservá-lo. Desapareceu sem deixar rasto e nunca mais a procurou. Foi bem sucedido. Ainda hoje, decorridos mais de vinte anos, continua loucamente apaixonado por ela.

29.

Ia a entrar no carro quando a idiota sorriu e ofereceu-lhe um beijo. Ele ficou embaraçado e corou de vergonha. Quando ligou o motor olhou pelo espelho e foi atingido por um beijo. Arrancou a tempo de deixar outro beijo para trás. Sentiu-se bem, detestava repetições.

28.
Ela tocou-lhe a mão sobre a mesa com as pontas dos dedos. Ele estremeceu interiormente. Não tinha sentido a suavidade de uma carícia ou a displicência de um choque ocasional; fora um toque intenso, profundo, interrogativo, a pôr em causa a sua própria existência — a mais extraordinária experiência metafísica que alguma vez tivera.

27.

O dia mal começara. Ele olhou a mulher que bebia café, a chávena erguida com leveza. Ela olhou o homem que lia o jornal passando as folhas com determinação. E o dia prosseguiu com leveza e determinação.

26.

Quando o seu salário se encolheu, mais uma vez, ao novo aumento generalizado do custo de vida, pensou que era altura de fazer alguma coisa. Sentou-se no sofá vermelho, as pernas cruzadas, o olhar fixo no tecto, a concentração em pessoa, e adormeceu imediatamente. Ao abrir os olhos, estremunhado, estava decidido: ia entrar em greve, em greve total. Saiu de casa, apressado, e foi postar-se ao lado do poeta de pedra, que protestou, sem se mover, incomodado com aquela proximidade não desejada. Dias depois, não aguentou mais e foi-se embora, em silêncio, arrastando os pés. Ocupou-lhe de imediato o lugar; tinha-se habituado rapidamente ao seu novo estatuto. Ninguém notou a diferença, nem mesmo os pombos.

25.

Um belo dia, decidiu escrever a história da sua vida. Sentou-se em frente ao monitor, olhou por um momento o dia lá fora, e começou a escrever tudo o que recordava, por ordem cronológica, desde o nascimento, primeiro acontecimento inscrito no rol, sem prejuízo de um breve mas necessário recuo genealógico. Nos cinco anos seguintes, reconstituiu exaustiva e minuciosamente a sua existência até ao dia em que começara a descrevê-la. Quando terminou, leu, duas vezes, as seiscentas e trinta e quatro páginas impressas a dois espaços, e achou o texto incompleto, os cinco anos que levara a escrevê-lo não estavam lá e, o que era pior, não terminava verdadeiramente, não tinha fim. Saiu de casa e deu um longo passeio pensativo ao longo da via rápida, até que foi assaltado pela ideia de que os últimos cinco anos eram o próprio livro, o livro incluía esse tempo de escrita em si mesmo, a descrição da sua vida estava completa, até aquele momento. Sorriu e precipitou-se para o fim, servido ali mesmo na faixa de rodagem por um veículo longo como a morte.

24.

Entrei no café da esquina e dei de caras com a morte, uma mulher morena, roliça, vestida de vermelho, como na canção, como num filme. Olhou-me nos olhos e sorriu, convidativa, chamando-me para a sua mesa. Sentei-me à sua frente, de costas para a entrada, e sorri-lhe de volta, observando-a com atenção. Os olhos eram baços, velados, cheios de promessas; os cabelos, castanhos, caiam em vagas suaves, ondulados. De repente, toda ela pareceu vibrar, como um reflexo num lago agitado pelo vento. Esfreguei os olhos e, à minha frente, estava um homem moreno, magro, vestido de cinzento amarrotado, que me olhava espantado. Reconheci-me de imediato, ergui-me e saí, sem olhar para trás. Não tenho nada contra a morte, irei com ela quando a hora chegar, mas uma coisa é certa, detesto brincadeiras de mau gosto, é mais forte do que eu.
 
11.9.02
 
23.

Era uma vez um rapaz que se sentava todos os dias à beira da estrada principal a ver passar os carros. Um pequeno muro era o seu observatório. Olhava a estrada com atenção durante longos períodos. Todos os dias o fazia. Sempre no mesmo local. O rapaz tornou-se homem, viveu a sua vida, envelheceu, mas continuou a sentar-se todos os dias à beira da estrada a ver passar os carros. Algumas vezes fazia-o noutros locais, mas apenas quando estava em viagem. Morreu vai agora fazer dez anos. O pequeno muro ainda lá está mas ninguém mais se sentou nele. Ainda ali passam carros, mas muito poucos.

22.

Era uma vez um velho que recordava. A todo o momento, recordava. Não fazia mais nada. O dia-a-dia era-lhe completamente indiferente. O futuro não existia. Vivia tão intensamente o passado que passou a ser apenas uma vaga recordação. Mas não foi esquecido. Alguns ainda se lembram dele. Vive nas suas memórias. Nada mudou.
 
9.9.02
 
21.

Um amigo meu, no seu cinismo dos últimos dias, gostava de dizer que a felicidade existia e até vinha na lista telefónica, ligava-lhe mesmo com frequência, quando se sentia triste e desesperado, pois, como dizia também, era a única felicidade que respondia à sua chamada. Quando atendiam, perguntava apenas se a felicidade estava, desligando quase de seguida, sempre mais confortado e calmo, com a certeza da sua existência. Um dia, porém, só uma mensagem lhe respondeu: o número que marcou não está atribuído — e não houve lista telefónica ou 118 que lhe valessem. Chegou mesmo a procurá-la na morada que recordava, mas apenas apurou que se ausentara, talvez para o estrangeiro, ninguém sabia ao certo, todos com quem falou mal a conheciam. O meu amigo ficou tão fora de si que fez uma tentativa de suicídio, tarefa que levou a cabo com tanto empenho e pouca sorte – características constantes da sua existência — que foi bem sucedido logo à primeira, sem estar à espera, tendo morrido sem deixar testamento ou mensagem de despedida. A felicidade não veio ao enterro mas telefonou a dar-me os pêsames.
 
8.9.02
 
20.

Esperou por ela uma hora. Já tinha bebido dois gins tónicos e comido quase uma cesta de pão variado com um queijo seco de cabra. Telefonara-lhe duas vezes, e das duas deixara mensagem. Pediu a ementa e a lista dos vinhos e, depois de uma leitura atenta e minuciosa, encomendou o jantar: rosbife, com puré de maça e batatinhas coradas, e uma garrafa de vinho tinto, reserva, do Douro. Comeu e bebeu com um prazer intenso, tonto de sabores e aromas. Não quis sobremesa, terminou com um café forte, da Etiópia. Quando ela chegou queixando-se do trânsito e da vida, ele sorriu-lhe, levantou-se e saiu, deixando-lhe a conta para pagar. Caminhou durante meia hora, aspirando voluptuosamente o ar frio da noite lunar; sentia-se feliz. Decidiu jantar mais vezes sozinho.
 
 
19.

Pediu um café, simples, sem adjectivações, nem curto nem cheio, nem pingado nem escaldado, nem outra coisa qualquer, apenas um café, um café para ajudar a ganhar coragem, para mais um dia, para um dia mais. O empregado trouxe-lhe o café, quente, a escaldar, meio-cheio e fumegante. Deixou passar alguns minutos, não mais de cinco, e bebeu-o num gole, sem açúcar ou adoçante. Olhou a chávena e estava meio cheia de novo, quente a escaldar, fumegante. Esperou e bebeu o café outra vez. Pousou a chávena no pires, com atenção, cuidadosamente, estava de novo meio-cheia; guardou-as no bolso direito do casaco, tentando não entornar, e saiu sem pagar. Abriu uma cafetaria num centro comercial e serviu milhares e milhares de cafés, até ao dia em que, misteriosamente e sem qualquer explicação, a chávena, a mesma tantas vezes usada, ficou vazia, definitivamente. Trespassou a cafetaria com o recheio, a chávena e o pires incluídos, e deixou de trabalhar. Viveu ainda muitos anos mas nunca mais bebeu café, por razões sentimentais.

18.

O médico deu-lhe a má notícia sem mais nem menos, a seco, a voz monocórdica, o olhar fixo para além dele, a sentença ditada sem qualquer emoção. Tinha um mês de vida, não mais de um mês de vida, repetiu uma vez quando ele disse que não acreditava, e repetiu de novo quando ele gritou que dos dois não seria o primeiro a morrer. Acertou, em cheio, o médico estava redondamente enganado, o homem morreu três anos mais tarde, num acidente rodoviário, apenas um mês depois de ter saído em liberdade condicional, a meio da pena de prisão a que foi condenado, pelo crime de homicídio, privilegiado, é claro.

17.

Era um homem forte e determinado, tão forte e determinado que disse não à morte, quando ela chegou, a seu tempo, exigindo que a seguisse. Discutiram durante muito tempo, ela paciente mas imperativa, ele argumentativo mas irredutível, sem quaisquer cedências de parte a parte. A discussão, como se disse já, durou muito tempo, mais exactamente seis dias, dez horas e alguns minutos, poucos. Nenhum deles mudou de opinião, a morte era a morte, que havia de fazer, era a sua natureza, o homem, esse, era um homem, ainda que forte e determinado, e chegou uma altura em que não conseguiu falar mais. A morte perguntou então se podiam ir, já era tarde, e perante o seu silêncio, quem cala consente, conduziu-o à sua morada, afinal.
 
6.9.02
 
16.

O que mais gostava na vida era dormir. Fazia-o sempre que podia e retirava dessa acção um prazer e uma alegria intensas. Com o tempo tornou-se um verdadeiro artista. Dormia em qualquer lado e em qualquer ocasião. Dormia muito, cada vez mais, e com o tempo pouco fazia além de dormir. Como dormia praticamente todo o tempo quase não se alimentava, e como dormia em qualquer lugar não tinha de pagar dormida. É claro que nunca precisou trabalhar. Levou uma vida feliz e despreocupada e morreu tarde.
 
 
15.

Quando ela deixou de responder aos seus e-mails ele sentiu-se triste e essa sensação encheu-o de alegria. Não se admirou, sabia que a vida era contraditória e estava habituado a aceitar essa verdade.
 
3.9.02
 
14.

Primeiro, deixou de comer carne. Depois, deixou de consumir produtos lácteos e derivados. A seguir deixou de comer. Deixar de beber foi o passo seguinte. Por último deixou de respirar. Passado mais algum tempo, não soube quanto, deixou-se ir, cessou de existir e foi o fim.
 
 
13.

Um destes dias, subitamente, faleceu no seu leito o senhor João Anódino, aos 90 anos de idade. A sua vida foi simples e sem história, tão simples e tão sem história, que a única pessoa presente no funeral não soube o que dizer. Quem não gostou foi o coveiro que não passava sem ouvir um elogio fúnebre. Ficou tão triste que se embebedou e caiu numa cova aberta.
 



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