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mil e uma pequenas histórias
29.11.02
 
102.

As histórias fazem-se a si próprias; os escritores sabem-no. Claro que é preciso escrever; claro que é preciso contar; as histórias não se escrevem nem se contam a si próprias. Mas fazem-se; tal como um homem se faz homem, as histórias fazem-se a si próprias. Tal como a vida faz o homem e o homem se faz a si próprio, assim o escritor faz as histórias e as histórias se fazem a si próprias. O escritor não existe sem as histórias e as histórias não existem sem o escritor. Um exemplo quase perfeito de simbiose. Ainda bem. Os leitores agradecem.
 
28.11.02
 
101.

Uma mulher agrediu o marido em plena baixa da cidade de Lisboa. Desferiu-lhe várias estaladas, uma delas, pelos menos, na face direita, mesmo em cheio. Não se sabe se o homem se defendeu ou se teria sido ele a dar início à altercação. Uma jornalista considerou a situação caricata. Um homem entregou-se à polícia por ter morto a mulher; tinha-a deixado no parque de estacionamento da esquadra, dentro do carro familiar. Até a este momento desconhecem-se os motivos e as circunstâncias do crime. Apetecia-me escrever “ a vítima era jornalista”, fechando assim a história com uma duvidosa lição de moral.
 
27.11.02
 
100.

Cem histórias alinham-se agora no espaço e no tempo. Elas contam a sua própria história: uma a uma foram aumentando o seu número até chegarem a cem. Cada uma delas é um segmento da história que elas todas juntas são: a história das cem histórias. Agora que penso nisso, verifico que devia talvez ter esperado pela centésima primeira história para escrever o que acima escrevi. Esta é a centésima história e antes dela só existem noventa e nove. Mas ao fim e ao cabo, isso pouco interessa, com a centésima história, que é esta, as histórias chegam mesmo a cem.
 
26.11.02
 
99.

Preparou um local onde pudesse estar sem ser incomodado, fixou um horário e um objectivo. Todos os dias ia começar às nove da manhã e só pararia quando tivesse atingido as mil palavras. Narração, descrição e diálogo: é assim que são feitos todos os romances; não deveria ser muito difícil terminar um primeiro esboço e depois embelezá-lo com onomatopeias, repetições, corrente de consciência, diálogo interior, mudanças de tempo verbal, elementos simbólicos e uma dúzia de outros artifícios. Em onze meses produziu , segundo ele, um mau romance. Estava no bom caminho... Tudo o que é preciso é verdade e honestidade.
 
25.11.02
 
98.

Estava uma história mesmo a começar quando logo chegou a um beco sem saída. Acontece muitas vezes e, nestes casos, só é possível fazer uma de duas coisas: voltar para trás ou desistir. A primeira solução constitui a única forma de prolongar a vida da história, pois abandoná-la é mantê-la para sempre inacabada, agonizante: mesmo que se comece uma nova história, idêntica àquela que não se acabou, e se leve agora a bom termo, o certo é que a outra nunca terá fim. Esta não é diferente, ainda que, num desesperado golpe de misericórdia, a sua última palavra seja FIM.
 
 
97.

É uma história sem pés nem cabeça, disse o homem, zangado, ultrajado. Sem pés porque está irremediavelmente ancorada, não vai a lado nenhum, e sem cabeça porque é completamente disparatada, não faz qualquer sentido. Sem pés nem cabeça, repetiu. E tudo indicava que não se ia calar. A história, a princípio, não gostou nada das afirmações do homem, e até teve vontade de lhe dar um bom par de estalos, mas depois acalmou-se e decidiu não ficar ali a ouvi-lo. Foi-se embora, deixando o homem a falar sozinho. Afinal, era, sem sombra de dúvida, uma história com pés e cabeça.
 
 
96.

No sábado de manhã, pouco passava das nove horas, o homem entrou no café pela entrada principal e atravessou-o até à saleta elevada, onde habitualmente toma o dejejum. À mesa do canto, junto à janela, estava outro homem, em tudo parecido consigo, que o ignorou, continuando a comer a sua torrada e a beberricar o seu café com leite. Ficou aborrecido e intrigado; mas o homem que chegara era o homem que já ali estava: um e outro ocupavam o mesmo espaço em tempos diferentes. Há dias assim, horas, até minutos, em que um são dois e dois são um.
 
 
95.

Só na literatura tudo faz sentido, gritou o homem antes de desaparecer no livro que segurava aberto à sua frente. Anos de pesquisas mostraram-se completamente inúteis; nenhum dos muitos especialistas chegou a qualquer conclusão; o homem nunca foi encontrado. Depois disso, outros casos foram assinalados, mas as investigações continuam no mesmo ponto a que sempre chegam: sem qualquer vislumbre da verdade. Homens e mulheres, tudo leva a crer, vão continuar a desaparecer e a nunca mais ser encontrados. O mais estranho de tudo é que o número de personagens dos livros em que as pessoas desapareceram não sofreu qualquer alteração.
 
21.11.02
 
94.

Estava uma história muito descansada, a pensar na vida, quando alguém começou a contá-la. Ficou muito aborrecida, mas nada podia fazer. É sabido que as histórias não podem impedir que as contem, o que é muito desagradável, sobretudo se pensarmos que ficam completamente nas mãos, melhor seria dizer nas palavras, de quem as conta. Por isso à nossa história nada mais restava que ficar à escuta e desejar ser bem contada, que é o que desejam todas as histórias. Terá sido o que aconteceu? Não sei, que me faltou imaginação para mais. As histórias não falham, mas aos narradores acontece.
 
 
93.

Esta é uma história que não foi, mas podia ter sido, se alguma vez tivesse chegado a ser. O que não aconteceu!
 
19.11.02
 
92.

Escreveu sem parar durante quatro meses. Claro que comeu e dormiu, um pouco de cada, muito pouco, mas o resto do tempo escreveu, escreveu e escreveu. Mas um dia terminou. Duas ou três horas foram mais que suficientes para ler o produto do seu árduo esforço. Correcção após correcção foi tentando melhorar o texto mas cada vez o detestava mais. Rasgou folha a folha e deitou tudo no lixo. Recomeçou de novo, uma e outra vez, e sempre com o mesmo resultado. À quinta ou sexta vez deixou de se preocupar: independentemente do resultado agradava-lhe cada vez mais o processo.

91.

Abriu o livro mas, apesar de olhar com insistência as letras espalhadas pelo branco da folha, não conseguia ler. Abriu e fechou os olhos mas nada aconteceu: as palavras formavam frases que não conseguia compreender. Não tinha a ver com a língua, não tinha a ver com a sua visão, não tinha a ver com a inteligibilidade do texto; era como se um vidro fosco se tivesse erguido entre ele, leitor, e a própria leitura. Fechou e voltou a abrir o livro, mas nada aconteceu. Escolheu um clássico e leu-o com redobrado prazer. “Já não se escreve assim!”, declarou peremptório.

90.

Abriu o livro ao acaso e leu uma linha, mais precisamente a quinta linha da página 145. Ficou muito perturbado, o rosto lívido e a voz embargada, parecia que ia começar a chorar mas conteve-se com esforço. Leu mais uma linha, desta vez a décima da página 31, e riu com gosto durante muito tempo. Depois foi a vez da linha trigésima da página 222: um autêntico convite à reflexão que lhe foi impossível declinar. Devolveu o livro ao seu lugar na estante e pensou emocionado, entre o choro e o riso, que só a literatura dá sentido à vida.

89.

Uma matilha de quinhentos cães matou noventa e três ovelhas. Os cães pertenciam a cem caçadores, as ovelhas a um casal de velhos. Os caçadores, os cães, o casal, todos tinham nomes; quanto às ovelhas não sei, mas presumo que sim. Seiscentos e noventa e cinco nomes que gostaria de enumerar; associando a cada um deles um facto e uma qualidade para que tudo ficasse mais claro, mais vivo, como naquelas estampas de caçadas onde ressalta o vermelho das jaquetas e o castanho dourado do dorso dos cães. Também morreu um veado, era gentil e gostava de comer flores tenras.
 
15.11.02
 
88.

Sentiu, pela primeira vez, uma imensa vontade de escrever, mas não tinha a mínima ideia de como lhe podia dar forma. Talvez uma carta para um amigo, mas não os tinha, talvez uma poesia de amor, mas não estava apaixonado, talvez um pequeno conto, mas ninguém o leria, talvez o seu testamento, mas não tinha quaisquer bens. Acabou por nada escrever, quando podia ter escrito alguma coisa de extraordinário e perene. Mais tarde, ultrapassado aquele momento, acabou por produzir uma obra extensa e bem recebida pela crítica, mas nunca mais sentiu aquela vontade imensa de escrever. São coisas que acontecem.
 
13.11.02
 
87.

Escreveu uma frase, esta mesma que acabei de escrever, e continuou, assim mesmo, tentando conferir sentido às palavras sonolentas que ia conseguindo alinhar, pouco a pouco, tal como o faço agora, até conseguir reunir uma centena delas, nem mais nem menos; era esse o seu objectivo, e também o meu, uma centena de pequenas palavras obedientes que se estendam pelo branco virtual da folha numa falsa azáfama. Eram sessenta e oito e estavam a faltar trinta e duas. Agora já nem tanto. É fácil ir juntando palavras, fazendo crescer o texto, pensou ele, e eu também, até chegar à centena.
 
 
86.

Foi dar um passeio para aclarar as ideias, que a vida lhe estava difícil de levar. Como se o caminho e o próprio facto de o percorrer não fossem já suficientes, as várias encruzilhadas e a vala que o obrigou a desviar-se vieram também somar-se às restantes situações, num total de insuportáveis metáforas. Quis regressar de imediato, mas também essa intenção lhe pareceu reflectir a sua atitude perante a vida. Avançou então, decidido, para o outro lado da estrada, atravessando sem olhar. Foi atropelado e teve morte instantânea, apetecia-me dizer, mas não, não aconteceu nada disso, pelo menos desta vez.
 
12.11.02
 
85.

O mestre zen tinha dois alunos que estavam sempre em desacordo. Se um afirmava alguma coisa logo o outro a negava e as discussões nunca tinham fim. Numa discussão mais acesa, um deles empurrou vigorosamente o outro, que caiu no chão desamparado. O mestre ia a passar e assistiu a tudo. Aproximou-se do aluno caído e ajudou-o a levantar-se. Depois, dirigindo-se aos dois, censurou-os com rudeza: quem não sabe dominar o seu discurso não sabe dominar as suas consequências. Os alunos olharam um para o outro, e depois para o mestre, e deram-lhe uma tremenda sova que o deixou prostrado.
 
11.11.02
 
84.

Foi ao cinema ver o filme em ante-estreia. Era considerado um profissional dos mais competentes. A sala era confortável e acolhedora, e passados quinze minutos dormia profundamente, só acordando quando as luzes se acenderam. A sua crítica foi das mais apreciadas, como vinha sendo hábito, pela sua contundência e originalidade, qualidades pelas quais veio a ser distinguido com inúmeros prémios no decurso da sua longa carreira. Os seus adeptos gostavam de afirmar que ele via mais de olhos fechados que a maior parte das pessoas com eles bem abertos. Ele não negava nem confirmava: era um homem modesto e reservado.
 
 
83.

Leu o texto com redobrado interesse: simples mas conciso, a linguagem vulgar mas carregada de uma poesia suave. Gostava, gostava mesmo muito. Leu-o novamente, em voz alta: homem só procura mulher só para partilharem em conjunto a solidão. Ficou tão entusiasmado que foi imediatamente para a janela gritar o seu pregão. Estava ele debruçado a ouvir uma das muitas candidatas que haviam acorrido, quando caiu desamparado nos seus braços. Podia ter sido uma história com um final feliz, mas não estava destinado que assim fosse. Morreram a caminho do hospital sem terem retomado consciência. Inconvenientes de viver em locais elevados!
 
 
82.

"O que é o amor", interrogou-se ele, dando início a uma interminável lista de perguntas. Até mesmo as respostas que obtinha originavam novas perguntas, numa incessante cadeia que cada vez se afastava mais da pergunta original e, quando a formulava de novo, para devolver sentido à sua investigação, tudo começava outra vez. Morreu sem ter conseguido uma resposta simples como a pergunta, ou, para quem não acredita na simplicidade, nunca a pergunta deixou de o ser, por completamente desnecessária. Diz quem esteve no seu leito de morte que as suas últimas palavras, as derradeiras, foram: “o que é o amor?”
 
6.11.02
 
81.

Acordou a meio da noite, tonto e enjoado. Tudo à sua volta rodava, e ele era o centro desse rodopio nauseante. Ergueu-se da cama, mas teve logo de sentar-se para não cair. A realidade é um carrossel que gira sem parar, pensou antes de desmaiar com um breve sorriso a enfeitar-lhe a face lívida. Quando acordou de novo tudo tinha voltado ao normal. Levantou-se, tomou banho, vestiu-se e foi trabalhar; como todos os dias. Sentia a cabeça à roda mas o seu mundo estava parado, irremediavelmente imóvel, o mesmo tédio de sempre. Sou o centro do mundo, gritou em desespero.
 
 
80.

Uma a uma, inexoravelmente, as suas possibilidades começaram a diminuir. O homem apercebeu-se disso mas, apesar de todos os seus esforços, não conseguia inverter a tendência. Não era muito esperto nem dispunha de qualquer talento, era um homem sem qualidades, como podia ele escapar da armadilha que é o mundo? Certo dia, tirou um romance da estante e começou a lê-lo. A páginas tantas, suspendeu a leitura, por coincidência, no exacto momento em que mais nenhuma hipótese do que ser quem era lhe restava. Não teve consciência desse facto, e durante anos ainda acreditou que a sua vida podia mudar.
 
 
79.

Ponderou todas as alternativas, alheio a qualquer juízo de valor. Esta tarefa consumiu-lhe mais ou menos uma hora. Em seguida, procedeu a uma metódica eliminação, baseada em critérios simples e objectivos, reduzindo, em menos de meia hora, a lista inicial a cinco hipóteses. Por fim, analisou cuidadosamente as últimas possibilidades, uma a uma, e considerou que nenhuma delas se harmonizava com a sua natureza. No total, havia decorrido menos de duas horas desde que começara. Ainda faltava outro tanto, por isso retomou o processo para ter a certeza de que estava a ser racional. A bomba explodiu inexplicavelmente a meio.
 
5.11.02
 
78.

Subitamente, sentiu-se triste, mais do que isso, sentiu que nada mais era do que tristeza, como se todos os outros sentimentos o tivessem abandonado, deixando atrás de si apenas a tristeza, esmagadora e cruel. Olhou a chávena fumegante de café com leite, suspensa da imobilidade da sua mão direita, e riu. Riu sonoras gargalhadas que abriram espaços vazios na densa tristeza que ainda sentia e, pouco a pouco, se foram enchendo de memórias, ternas e doces, alegres e cómicas, até que a tristeza se dobrou sobre si mesma, voltando à sua condição de nó cego à espera de um desenlace.
 
 
77.

Penteou o cabelo branco e crespo, cofiou a barba, também branca, também crespa, e sorriu ao espelho, ajeitando ao mesmo tempo a veste vermelha ao corpo balofo. Por último, colocou o barrete vermelho debruado a branco, a alva bola felpuda caindo para a direita, como sempre usava, tradicional. Bebeu um trago longo e ardente da garrafa quase vazia , escondeu-a de novo no saco das prendas, e voltou para o seu posto, para mais um turno a aturar meninos e meninas com febre de presentes caros. Era a isto que estava reduzido, Pai Natal de centro comercial, Pai Natal de brincadeira, ele, sim ele, o verdadeiro Pai Natal, o da lenda, o de todas as histórias, de todos os Natais, o de antes da explosão consumista, da globalização, de todos os avanços. Quando uma criança, insolente, lhe afirmou, convicta, que ele não era o verdadeiro Pai Natal, perdeu as estribeiras e esbofeteou-a. Foi imediatamente despedido e o seu comportamento indecoroso comunicado ao sindicato dos Pais Natais. Nunca mais voltou a trabalhar, em Natal nenhum. A sorte foi que lhe saiu a Lotaria, a do Natal, claro está, vejam lá a ironia do destino.

76.

Primeiro, emagreceu vinte quilos, à custa de muita dieta e exercício; depois, cortou a barba e pintou o cabelo de louro; por último, vestiu-se todo de negro: polo justo, fato Armani, ténis Nike. Ficou irreconhecível; quando o viram os gnomos assustaram-se e as renas, essas, fugiram apavoradas. Ninguém diria que aquele era o Pai Natal verdadeiro; um ano depois, no entanto, ele tinha ganho todos os processos legais instaurados com vista ao pleno reconhecimento dos seus direitos de autor, e estava rico, muito rico. Comprou um castelo em França e uma quinta na Argentina, um jacto particular e um iate, e outras coisas mais, muitas outras coisas. Dizem, as más línguas, que, às vezes, ainda se veste de Pai Natal e ri a sua gargalhada roufenha. Oh! oh!, oh!, que rica vida.
 
 
75.

Enrolou-se na enorme bandeira vermelha de todas as manifestações e deitou-se no caixão, austero, à espera da morte. A morte chegou, algum tempo depois, abeirou-se do esquife, intrigada, e riu uma gargalhada prolongada. “Tens a certeza que chegou a tua hora?”, perguntou, meio engasgada, de lágrimas nos olhos. O velho comunista, rígido, crispado, gritou a sua palavra de ordem: “Morte camarada, a minha vida já não vale nada”. “Olhe que não, olhe que não!”, respondeu-lhe a morte, o riso contido a custo, virando-lhe as costas e desaparecendo sem mais. Digam o que disserem, a verdade é que a morte é misericordiosa e pouco dada a crueldades: voltou mais tarde, tão séria quanto a ocasião e a sua ética exigiam, e levou-o então consigo.

74.

Agarrou no martelo e quebrou mais alguns dogmas, as pancadas potentes e certeiras desferidas com a mesma força e determinação com que abrira as primeiras brechas no muro atrás do qual se escondera durante tantos anos. Empunhou a foice com energia redobrada e cortou cerce as últimas resistências, daninhas, indesejáveis, material dialéctico desajustado e sem préstimo. Com a bandeira, vermelha, nua dos seus símbolos, forrou um sofá velho, manchado, onde se sentou a descansar, acabando por adormecer. Quando acordou, a morte olhava-o fixamente, o sobrolho franzido de interrogação. Apressou-se a esclarecer que era comunista, comunista convicto, sim, mas também um comunista novo, renovado, a notícia da sua morte, afirmou peremptório, era de todo exagerada.
 



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