470. OS ANSEIOS
Era um vez um homem que para todo o lado levava consigo os seus anseios, e deles nunca se separava nem para dormir, como se a sua vida dependesse disso. Mas eles tanto protestaram, que estavam fartos da situação e outras coisas que tais, que um dia ele saiu para trabalhar e os deixou a ver televisão e o que mais lhes apeteceu. Quando voltou a casa, ao fim do dia, encontrou a fechadura mudada, e um bilhete a dizer-lhe apenas que os deixasse em paz. Foi o que ele fez, e nunca se sentiu tão feliz como desde então.