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Um homem sábio isolou-se do mundo para se conhecer melhor, e muito tempo depois chegou à conclusão que essa tarefa era, se não impossível pelo menos interminável. Na verdade, mal começava a se conhecer logo percebia que era já outro, e tinha de começar tudo de novo. A partir dessa altura deixou de perguntar quem era e limitou-se a ser. Tinha percebido que, no fundo, toda a identidade é secreta.