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Era não só um homem persistente, qualidade que em muitos é vulgar e roça a mera teimosia, mas acreditava também na persistência como o verdadeiro motor de tudo o que existe, o que é sem dúvida incomum num mundo em que se acredita sobretudo no divino, no acaso e na mudança. Para ele a persistência era a mais importante de todas as forças, aquela sem a qual nada existiria, do mais simples ao mais complexo, e persistiu nessa ideia até à morte, que é tão persistente quanto a vida, o que lhe dá até razão, agora que penso melhor nisso.