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Ele amava tudo o que ela lhe fazia, mas não a amava afinal, não a amava por ser quem era, mas apenas pelo que ela lhe fazia, e isto não era o amor que ela queria. Pelo menos foi o que ela disse, primeiro a si mesma, e depois a ele, antes de o deixar de vez. Ele ficou calado, durante muito tempo, tentando perceber o que se passara. Se amava tudo o que ela lhe fazia como podia não amá-la? A verdade é que nunca ia compreender as mulheres. E muito menos o amor. Mas isso é outra história.