516
Era uma vez um homem de quem todos diziam, sem qualquer hesitação e a todo o instante, parecer um artista. A verdade é que ele não o era, nem se sentia de alguma forma guardado para tal destino. No entanto, com o tempo, acabou afinal por se convencer de que era o que parecia, e tornou-se então um verdadeiro artista, ou, o que é a mesma coisa, passou a acreditar que o era. Talvez por isso seja costume dizer que aquilo que cada um é ou não é, depende muito mais do parecer do que do ser ou não ser.