500. Era uma vez um homem de que se pode dizer verdadeiramente que viveu. Nunca procurou a felicidade, nem o amor. Nunca procurou a dor, nem a solidão. No entanto conheceu todas essas emoções, todos esses estados, e nem podia ser de outra forma. Pelo menos era o que ele acreditava e defendia com unhas e dentes. As coisas vêm ao nosso encontro, as que chamamos boas, as que chamamos más, dizia ele, é isto a vida, não lhe devemos voltar as costas, que a morte não encerra qualquer mistério, e estar vivo é a única felicidade que alguma vez teremos.