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Era uma vez um homem que se interrogava constantemente sobre quem era e qual o seu caminho. E com tanta determinação e persistência o fazia, que não ia a lado nenhum. Não tenho dúvidas que estava enganado, sei muito bem que ele temia a vida mais do que a si próprio, e a si próprio mais do que a vida, que o mesmo é dizer que vivia sem viver, dia após dia. O mais estranho de tudo era que ainda conseguisse encontrar novas perguntas, mas a verdade é que encontramos sempre razões para aquilo que não queremos ou tememos fazer.