409. A lentidão
Era uma vez um homem que aprendeu a viver lentamente… e ficou muito satisfeito com a sua descoberta.
Como dava beijos lentos, duravam-lhe mais os amores. Como dava passos lentos duravam-lhe mais os sapatos. Como imaginava com lentidão, duravam-lhe mais tempo os sonhos. Como vivia lentamente durava-lhe mais a vida. E, fosse como fosse, nunca mais se viu grego para viver, pois pouco a pouco até os problemas que antes o atormentavam lhe passavam à frente, tão lentamente ele os vivia, pois então… pois então…