406. O enlevo
Sentiu em si algo que não era novo mas que há muito já esquecera, e tudo fez para se encher desse sentimento. E de tal forma o fez, tão intensamente, que começou a inchar cada vez mais, sem nunca parar, ao ponto das pessoas que ali estavam começarem a correr assustadas em todas as direcções, na iminência da explosão. Mas quando a praça já mal continha o fenómeno, eis que se elevou sem esforço e desapareceu no céu com um enorme sorriso rasgado de satisfação. [Nunca é tarde de mais para se contar de novo uma história há muito esquecida.]