405. A alma
Certo homem vendeu um dia a sua alma, e pensou ter feito um bom negócio. Se todos vendem o corpo, disse a si mesmo, por que não vender a alma? É um negócio muito mais lucrativo! Até porque a alma não existe, concluiu. Curiosamente, foi nesse momento que sentiu a sua falta. E se tudo fez para reaver a sua alma, tudo foi também em vão: viveu até ao fim dos seus dias angustiado e infeliz. [A moral desta história é por demais previsível: Se venderes a alma não te esqueças de incluir uma cláusula que preveja um período experimental.]