SOPA DE LETRAS (à Laurinha)
325.
Quando o “o” está sozinho, farto já de imitar o “u”, gosta de se armar às vezes em valentão, e então ele é ó para lá e ó para cá, por tudo e por nada, num tom roufenho e rufião, mas basta que outro “o” se lhe junte, para que afinal nada se passe, a não ser um bom oó.
326.
O “a” e o “h” viajam por todo o lado, não é pois de admirar que, quando se encontram, tenham sempre tantas e tão diversas histórias para contar um ao outro, e não há sentimento que entre eles não exprimam: espanto, dor, alegria e o que mais houver. Ah! Não acreditam? Mas é a mais pura verdade. Ah! Ah! Ah!