226. Amor
Quando ela lhe perguntou se a amava, ele respondeu sem hesitação que sim. Quando ela lhe perguntou porquê, ele engoliu em seco, e ficou calado mesmo depois da veemente insistência dela para que lhe respondesse: Porquê, diz-me porquê, e não te atrevas a dizer-me que é por eu ser bela ou qualquer outra banalidade! Foi-se embora muito desapontada, e pouco tempo depois casou com um homem que não teve qualquer dificuldade em lhe recitar as mil e uma razões do seu amor; no entanto, para infelicidade de ambos, ele não a amava. [E a moral desta história é óbvia e pueril: o amor é cego mas também pode ser surdo.]