219. O charuto (ao
Fumaças)
Abriu o humidificador e dele retirou um havano feito integralmente à mão: 142 mm de comprimento, 16,67 de diâmetro e 9,3 gramas de peso. Todos os seus gestos eram de puro deleite, lentos e cheios de significado. Rasgada a cinta, deteve-se na contemplação da capa que aconchegava com firmeza a tripa. Depois, rolou o charuto entre os dedos e aproximou-o do rosto. Sentia-se especial, muito especial, e demorou-se na antecipação da chama que lhe incendiaria irremediavelmente o ser e o dissiparia suavemente em fumaças. [A moral desta história é: o charuto é o complemento perfeito para um estilo de vida pensante.]