Mais uma vez (a todos os que escrevem...)
Todas as histórias têm um corpo e um espírito, uma forma e um conteúdo. As palavras são o corpo onde o espírito vive, isto quer sejam ditas, escritas, tecladas ou impressas. A forma do corpo é a forma do espírito, e desta maneira a forma e o conteúdo fundem-se, confundem-se e transfiguram-se. O corpo veste-se e reveste-se ainda, ora revelando ora ocultando o espírito. Assim, não só o corpo se transforma, em si mesmo, mas também na sua aparente aparência. [Esta história foi escrita num pequeno guardanapo de papel, quadrado, fino, rugoso, e não renega a sua origem, antes se orgulha dela, e talvez seja só isto que ela tem para dizer, antes de terminar.]