164.
PORQUÊ FALAR? Disse isto e calou-se. Mas no silêncio a pergunta repetida continuou a responder-lhe.
163.
Sozinha em si mesma, caminhava sem rumo nem destino. Absorta, não via que o caminho crescia debaixo dos seus próprios passos. A realidade estava virada do avesso e o interior e o exterior confundiam-se; todos os caminhos só podiam ir dar a si mesma e fora de si. As palavras tinham-se calado e o silêncio falava. Que mais podia ela fazer senão ir a direito?