72.
Nas paredes das casas eram visíveis os buracos de balas disparadas pela polícia. Buracos que se repetiam no corpo do homem. Era um homicida, um homem perigoso que nada tinha a perder. Chamavam-lhe homem-bomba e mata-bófias. No bolso esquerdo do blusão de cabedal foi encontrado um livro. Estava trespassado por uma bala que lhe foi direita ao coração. O polícia pegou no livro com mágoa. Amava aquele romance e doeu-lhe imenso vê-lo assim vandalizado. Sentiu como se assistisse à morte de um amigo querido. Olhou para o cadáver com raiva e cuspiu-lhe no rosto. Os outros polícias seguiram-lhe o exemplo.